Antes do primeiro saque, da largada ou do apito inicial, o verdadeiro confronto já começou, e ele ocorre dentro da mente do atleta. A autoconfiança, o foco, a gestão da ansiedade e o controle dos pensamentos são forças invisíveis que definem quem vai render ao máximo e quem vai se sabotar.
A psicologia do esporte não é um detalhe, é o alicerce do desempenho consistente.
Treinar a mente é tão essencial quanto treinar o corpo. E lembre-se, a Mente Ganha o Jogo Antes Mesmo de Começar!!! Esse é mais um episódio com #paulopenha 🧠👌💪👊.
Assistam, curtam e compartilhem.
Paulo Penha – Psicólogo do Esporte, Diretor do Setor de Saúde Esportiva da PSICCOM
Quando o atleta entra em quadra, na piscina ou no campo, o que vemos é o corpo em ação. Mas o verdadeiro jogo começa muito antes, dentro da mente. A preparação mental, embora invisível, é tão determinante quanto à técnica ou o preparo físico. Pensamentos, emoções e crenças moldam diretamente o desempenho atlético (Vealey, 2007). Treinar a mente não é um luxo, mas sim uma necessidade para quem busca consistência e excelência.
O desempenho sob pressão é um exemplo claro dessa influência. Atletas que não treinam sua regulação emocional tendem a sofrer bloqueios, erros decisivos ou o famoso “branco” em momentos cruciais. Baumeister (1984) chamou isso de “choking under pressure”, um colapso de performance quando mais se precisa dela. Técnicas como respiração consciente, foco atencional e autoafirmações têm mostrado eficácia na prevenção desse colapso, melhorando a confiança e a recuperação emocional em tempo real (Beilock, 2010).
Além disso, o autodiálogo interno exerce impacto direto nas decisões durante o jogo. Frases como “não posso errar” ou “vou perder de novo” são manifestações de crenças limitantes que sabotam o desempenho. A reestruturação cognitiva, proposta por Seligman (1990), ensina atletas a substituir padrões pessimistas por pensamentos produtivos. Desenvolver essa consciência é um passo decisivo para virar o jogo interno e, consequentemente, o externo.
Pais e treinadores também têm papel fundamental nesse processo. A forma como reforçam o esforço, interpretam os erros e validam emoções podem contribuir ou prejudicar a construção de uma mentalidade de crescimento (Dweck, 2006). Ao invés de focar apenas em resultados, o estímulo ao processo de aprendizagem, cria atletas mais resilientes e confiantes, prontos para lidar com vitórias e derrotas com maturidade.
Não é apenas o corpo que treina, mas a mente também. Treinadores atentos, pais conscientes e atletas comprometidos com o desenvolvimento psicológico criam um ambiente onde o sucesso é consequência natural. Investir na mente é enxergar o invisível que decide o visível. O jogo, de fato, começa na mente.Um forte abraço à todos, Paulo Penha!!!
Para qualquer dúvida, Paulo Penha está à disposição para tirar qualquer dúvida por meio do Whatsapp no número (41)99108-4243.
Referências
- Baumeister, R. F. (1984). Choking under pressure: Self-consciousness and paradoxical effects of incentives on skillful performance. Journal of Personality and Social Psychology, 46(3), 610–620.
- Beilock, S. L. (2010). Choke: What the secrets of the brain reveal about getting it right when you have to. Free Press.
- Dweck, C. S. (2006). Mindset: The New Psychology of Success. Random House.
- Seligman, M. E. P. (1990). Learned Optimism. New York: Knopf.
- Vealey, R. S. (2007). Mental skills training in sport. In G. Tenenbaum & R. Eklund (Eds.), Handbook of Sport Psychology (pp. 287–309). Wiley.