Nos treinamentos e competições, vemos atletas que buscam controle absoluto de cada detalhe: do tempo parcial ao movimento técnico, das emoções à postura mental. Porém, como destaca o psicólogo esportivo Paulo Penha, existe um limite entre disciplina e autocobrança excessiva — e é justamente aí que muitos atletas se perdem.
No vídeo desta semana, em mais um episódio com Paulo Penha, o psicólogo traz um conceito essencial para quem pratica esportes, especialmente em modalidades de alta exigência como natação, nado artístico e polo aquático: o Instinto Livre.
O que é o “Instinto Livre”?
O Instinto Livre acontece quando o atleta confia plenamente no próprio preparo.
É quando técnica, foco e presença se alinham de forma natural, sem esforço forçado, permitindo que o corpo responda e execute com fluidez.
Não é sorte.
Não é improviso.
É confiança.
Quando o atleta acredita no processo, o medo diminui, o corpo relaxa e a performance melhora. A energia que antes era usada para “tentar controlar tudo” se transforma em potência real de execução.
A Autocobrança: quando o excesso atrapalha
É comum que atletas — principalmente jovens em formação competitiva — sintam que precisam provar o tempo todo que são capazes. Isso gera tensão, bloqueios, ansiedade, e até paralisia em momentos decisivos.
A autocobrança exagerada:
- inibe movimentos naturais
- prejudica a tomada de decisão
- reduz a percepção do momento presente
- fragiliza a autoconfiança
- aumenta o medo de errar
Paulo Penha lembra: o desempenho real não nasce do controle absoluto, e sim da capacidade de confiar no corpo, na técnica e na preparação construída dia após dia.
Quando o instinto assume, o atleta se torna inteiro
Ser livre, no contexto esportivo, não significa abandonar a disciplina ou ignorar o treinamento.
Significa acessar seu estado mais puro de desempenho, onde:
- a mente não sabota
- o medo não interfere
- o corpo executa no ritmo ideal
- a decisão flui de forma natural
- a presença domina o momento
O atleta que se permite “estar inteiro” sob pressão alcança seu melhor potencial. Esse é o estado mental de grandes performances — aquelas que parecem acontecer sem esforço, mas são fruto de muito trabalho aliado à confiança.
Como desenvolver o Instinto Livre no dia a dia?
Aqui estão algumas práticas que podem ajudar atletas e treinadores:
1. Treine a presença
Respiração, foco visual, atenção às sensações do corpo.
Presença reduz ansiedade.
2. Aceite o erro como parte do progresso
O medo de errar é um dos maiores bloqueadores emocionais.
3. Trabalhe a confiança no processo
Se você treinou, você está preparado.
Esse pensamento muda tudo.
4. Evite o “excesso de cabeça” nas competições
Pensar demais desconecta o corpo da ação.
5. Simplifique
Uma mente leve reage mais rápido, com mais clareza e mais potência.
O papel da Psicologia Esportiva nos Esportes Aquáticos do Clube Curitibano
O Clube tem investido continuamente no desenvolvimento integral dos seus atletas — e isso inclui a saúde emocional. A atuação de Paulo Penha e da PSICCOM fortalece a mentalidade competitiva, a autoconfiança e o preparo psicológico necessário para lidar com desafios, pressão e crescimento esportivo.
Cada episódio com Paulo Penha traz reflexões que estimulam atletas, pais e treinadores a enxergar o esporte como um processo completo, que envolve técnica, mente e emoção.
Assista ao vídeo completo
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